Foi em 1960, tendo sido um êxito de livraria, que saiu a 1.ª edição desta obra de Ilse Losa, após uma viagem que efetuou aos Estados Unidos, em 1958, e aproveitando as cartas que ao longo da sua estadia regularmente enviava ao marido Arquiteto Arménio Losa. Chame-se-lhe crónicas de viagem, ou diário, este livro reflete as impressões de uma viajante sensível, observadora e lúcida, que transforma em vida interior toda a experiência recolhida: as pessoas observadas, os pequenos factos consciencializados, a paisagem humana, fundem-se neste livro, com toda a naturalidade, com os grandes problemas dessa (?) época: o preconceito racial, a injustiça contra os negros, o perfil da realidade social norte-americana. Ao reeditar Ida e Volta, à procura de Babbitt, Ilse Losa não deixou de fazer aquilo que sempre é costume: rever, cortar aqui, reescrever acolá, depurar: sendo a mesma obra, trata-se de «outro» livro, com uma escrita mais cuidada, mais trabalhada.
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